Vivemos num planeta global, onde as relações bilaterais e multilaterais são de extrema importância para o desenvolvimento econômico, social e cultural dos povos que assim pensam. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, tentou impor uma mensagem unilateral, onde o que importava era a América, dando “uma banana”, para o resto do mundo. O “The America’s First”. Sucumbiu e perdeu a eleição presidencial para Joe Biden.
Trump se foi, mas deixou um discípulo que insiste em não respeitar os povos e suas culturas, somente por que não pensam politica e ideologicamente como ele. O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se esmerado para afastar o Brasil do resto do mundo. De protagonista nas relações internacionais, tornamo-nos um “pária mundial”. E ele insiste na agressão, em especial a países da América Latina, ofendendo e desmerecendo governos eleitos pelo povo, porém que não fazem parte do seu círculo ideológico, ou seja, a direita.
Até quando vamos passar vergonha é difícil saber. Ainda no recente debate político, onde se perdeu em ofensas às mulheres e não respondeu a nenhuma pergunta que lhe foi feita, ele afirmou que o presidente do Chile, Gabriel Boric, participou de incêndios no metro daquele país, durante as manifestações populares. Comprovadamente Boric nem estava nas manifestações. E ainda tratou como “nossa Argentina”, outro país vizinho, cujo presidente que ele apoiou abertamente, também foi derrotado.
Com uma lição de educação e apreço aos países, Boric simplesmente respondeu que as insinuações de Bolsonaro foram gravíssimas, mas que não podiam comprometer as relações bilaterais de nações irmãs e de povos ordeiros. Deu o recado. Mostrou que na política você pode ter adversários, mas não criar inimigos ou fomentar o ódio entre nações livres. Mostrou, educadamente e de forma pragmática, como um presidente da República deve agir. Coisa que o Jair ainda não aprendeu, pois não se livrou do estigma do baixo clero, de onde saiu.