Hoje é celebrado do Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. E está sendo lançada uma campanha pela integridade dos jornalistas, ultimamente tão ameaçados e atacados pelas autoridades. Sejam elas da esquerda, do centro (ou terminho chato, esse) ou da direita. E dos extremos também. A ação reúne UOL, Folha de S.Paulo, TV Globo, GloboNews, g1, O Globo, Extra, Valor Econômico, Estadão, CBN e Rádio Eldorado. O chamado “consórcio da imprensa” criado lá no início da pandemia para não deixar o governo federal trabalhar com dados incompletos sobre a Covid-19 no Brasil.
A celebração, a propósito, e a data em especial, vem num momento em que vivemos um sério problema que pode se tornar diplomático. O desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips, do The Guardian, e do indigenista Brundo Araújo Pereira, desaparecidos desde o último domingo, 5, no Vale do Javari, no Estado do Amazonas.
Uma força tarefa está em desenvolvimento e, ontem tarde dois suspeitos de envolvimento no caso foram presos, porém sem maiores detalhes. O jornalista fazia matéria sobre a invasão daquela região por pescadores e caçadores, que o teriam ameaçado.
Desde janeiro de 2019 o Brasil vem acompanhando o trato do governo federal com a imprensa, as ofensas e os xingamentos do presidente da República, contra profissionais da mídia, em especial às mulheres, e a incitação à violência que ele provoca em seus seguidores, para agredirem jornalistas. Bolsonaro nunca concedeu uma entrevista coletiva, com perguntas de jornalistas, como é comum acontecer entre mandatários e chefes de estado, periodicamente. Ele só fala a um grupo de profissionais que o bajulam e veículos de imprensa alinhados a ele.
Por isso é importante lembrar dessa data e conscientizar sobre a importância do jornalista e dos órgãos de imprensa na solidificação da democracia. A imprensa livre e jornalistas comprometidos com a verdade são e serão sempre os pilares de uma democracia sólida e duradoura. Infelizmente ainda não chegamos nesse ponto no Brasil.