Ontem, em minha participação aqui no Farol de Limeira, aliás uma ótima participação conjunta com o Sidney Botelho, direto da Capital Paulista, cravei que a coletiva do João, o Doria Jr., tinha cheiro de renúncia à candidatura. Acertei na mosca. Ou no tucano, como preferirem.
Como cheguei a essa conclusão? Uma reflexão simples. Doria é chegado a grandes anúncios políticos. Midiáticos mesmo. Como ele fez durante toda a pandemia. Então, não seria mais um anúncio de que ele continuaria como candidato, com todo o tucanato em cima dele, para desistir. Com exceção, é claro, de seus fiéis seguidores. Teria que ser um anúncio para marcar o dia e seu nome.
E veio o anúncio de sua desistência. Com isso, apesar de visivelmente abalado e constrangido, ele joga a bomba para o partido. Uma bomba que pode explodir com uma decadência maior da sigla e, de mais discussões ainda. Vai ter candidato próprio? Vai de Simone Tebeb (MDB-MS)? Vai ter vice na chapa da emedebista? Vai se sujeitar, com isso a ser coadjuvante, depois de tanto protagonismo em épocas passadas?
Enfim, menos um candidato e a 3ª via, que foi sim, uma invenção da mídia, fica restrita. Ciro Gomes (PDT-CE) não vai querer participar, a não ser que seja o personagem principal. Luciano Bivar, do União Brasil, é menos reticente e pode abrir mão de candidatura única do seu partido. Aí, então, cresce a polarização e, mais que nunca, a chance de Lula levar no primeiro turno. Pode Mudar? Pode! Em política tudo se transforma em mutante. Não há verdade absoluta. Porém, e como sempre tem um porém, como diria um jornalista de tempos outros, os indicativos mostram que nada mudará.
Salvo uma verdadeira hecatombe. Jair Bolsonaro (PL_RJ) produz catástrofes. Hecatombe não sei se conseguiria.