Faz mais ou menos duas semanas, uma obra de manutenção, conduzida pela Comgás, está dando o que falar. No trânsito. Os reparos são executados na confluência das ruas Boa Morte e Duque de Caxias e ontem, o diâmetro de ocupação do solo aumentou, fazendo com que os carros tivessem que afunilar em pista única, tanto no sentido dentro, tanto no sentido Boa Vista. Não houve maiores problemas para quem descia pela Duque de Caxias, mas uma imensa fila se formou em pelo menos três quarteirões pela Boa Morte. Ou seja, um surpreendente congestionamento impôs uma lentidão considerável no meio da tarde, mas vamos lá. Imaginar que a fluidez do trânsito tenha que existir o tempo todo, em Limeira, é algo do passado. Proporcionalmente ao número de habitantes, nossa cidade possui uma relação entre carros e motoristas altíssima, e faz tempo.

E, para piorar, por mais ações que tenham focado restrições de estacionamento, isso para proporcionar mais espaço nas ruas, nosso quadrilátero central não apresenta a menor chance de expansão. Recentemente, por exemplo, fiz a bobagem de me deslocar para faltando pouco mais de uma hora para um jogo do Brasil. Do centro até as imediações do Jardim Santo André tudo estava literalmente “entupido”.

A praça da Maria Buzollin, lotada; tentei desviar a cair na Avenida Piracicaba, foi pior ainda, neste caso devido ao acesso para a rodovia. Assim, nos perguntamos todos os dias: como escapar dessa confusão cada vez maior? Sinceramente tenho deixado de tocar no assunto “mobilidade urbana” por algumas razões. Em primeiro lugar, porque é uma área técnica e suas soluções deveriam conter este embasamento. Algo que, claramente, não existe. Depois, porque é como clamar no deserto: as falhas parecem ser dos motoristas, nunca de quem deveria humanizar o trânsito.

Finalmente, porque a instalação de semáforos, lombadas e radares são as únicas alternativas a ser implementadas. Entretanto, se existe um paliativo que poderia ajudar os motoristas nesta empreitada diária, seria um trabalho mais dinâmico dos chamados agentes de trânsito. No exemplo citado no início deste comentário, sobre obras em uma esquina de grande tráfego, custava que alguns deles estivessem ali em horários de pico, ao menos? Outra coisa: quando os semáforos não funcionam, raramente estes agentes se deslocam para colocar ordem na casa, por que? Finalmente, algo que observo há anos: neste horário estendido do comércio devido as vendas natalinas, onde estão eles? Portanto, dá para melhorar, a questão é saber a quem isso não interessa. Porque a nós, motoristas, interessa, sim