Fiquei até certo ponto satisfeito com a resposta do vereador Betinho Neves (PV), ao meu questionamento nos comentários publicados no Farol Entrevista, pelo Farol de Limeira, em relação a internação involuntária e compulsória. Questionei, para quem não acompanhou, sobre se ele havia consultado especialistas em relação ao projeto, no que respondeu prontamente que sim. Um deles o psiquiatra Dr. Paulo Graciolli, comentarista do nosso Farol de Limeira. Embora não concorde com alguns pontos de seu tipo de pensamento, ele respondeu com presteza e esclareceu algumas dúvidas que pairavam sobre a proposta – já aprovada na Câmara – que teve, a partir do meu entendimento às respostas do parlamentar, um erro grave na comunicação. Do jeito que foi passado, a impressão era muito ruim em torno das ações propostas.
Nesse sentido, é preciso lembrar sobre a importância de uma boa divulgação e de informações que sejam de fato esclarecedoras, sem deixar dúvidas. Ou, no mínimo, o mínimo de dúvidas possível. Da forma como foi divulgado e pelas próprias discussões nas sessões da Câmara, a ideia passada era completamente outra. Era de uma ação de higienização pública, na tentativa de limpar nossas praças e outros logradouros, tratando seres humanos desprotegidos, como coisa. Como lixo a ser limpado, para a felicidade de uma sociedade hipótrica e despreparada para conviver com a situação.
Daí a importância dessa troca de informações e opiniões que o Farol de Limeira tem proposto na mídia limeirense e, principalmente, de forma civilizada e com trocas de ideias, mesmo que causem dúvidas. E a entrevista com Betinho Neves tirou, em grande parte, muitas dúvidas que eu mesmo tinha a respeito do projeto. Vou, porém, ficar com meus olhos e ouvidos bem atentos. A distorção é, hoje, a maior inimiga da comunicação. Vamos ficar atentos a isso.