A chamada terceira via, totalmente desviada, vai da senadora sul-Mato Grossense Simone Tebet, do MDB. PSDB, Cidadania e o próprio partido da candidata já decidiram e João, o Doria Jr., ficou escanteado, mas avisou que vai resistir. O problema é que parte do MDB, a ala ligada ao também senador Renan Calheiros, das Alagoas, está fechada com Lula e nem no partido a Simone Tebet tem apoio integral.
Essa decisão faz com que a polarização Lula-Bolsonaro/Bolsonaro-Lula, se acentue e tudo pode ser resolvido no primeiro turno, caso eleitores de Ciro Gomes resolvam aderir também ao PT. O que é improvável, mas não descartado, tendo em vista que o objetivo é, de fato, tirar o atual presidente de sua zona de conforto, que é o Palácio do Planalto.
Já comentei neste espaço, que a terceira via só não vingou por que a vaidade de cada um de seus representantes e postulantes à Presidência da República falou mais alto. Muito mais alto que o próprio interesse em concorrer com Lula ou Bolsonaro. A candidatura Moro, desmoronou – o trocadilho é proposital – a de Ciro Gomes, que poderia ser a mais viável terceira via, não sai dos 6% e os demais desfilam com seus egos inflados, mesmo sabendo que não têm chance alguma. Doria é o melhor e mais expressivo exemplo dessa disputa de egos.
Vamos, dessa forma, mais uma vez, para uma eleição polarizada, como já acontece desde o início das disputas PSDB e PT. O PSDB se desintegrou e a polarização, agora, é outra. Aécio Neves que o diga!