Muito interessante, mesmo, o tema levantado pelo Felipe “Ogro” Voigt no Debate Farol de ontem, enquanto debatíamos os formatos de novos programas jornalísticos e da ausência, cada vez mais acentuada, da entrevista formal – e até mesmo informal – nas mídias brasileiras. Aí se enquadram mídia impressa, eletrônica e agora a não mesmo eletrônica, mas batizada de mídia virtual. Aquela que produz o conteúdo no momento exato em que ele está acontecendo. Ou em tempo real, como se costuma-se dizer e, para ser mais chique, em “real time”.


A entrevista, no estilo ping-pong, ou pergunta resposta, normalmente precisa de uma pré-pauta, mas por si só, e quando o entrevistado corresponde ao entrevistador, ela vai se desenvolver de forma mais completa ainda, como foi, de fato, o primeiro Farol Entrevista, com a psicóloga Solange Dantas.


A entrevista, conforme acentua Cremilda Medina, além de ser de fato um diálogo possível, leva o leitor ao conhecimento profundo do entrevistado e suas ideias. Leva o entrevistador a desviar-se de sua pauta, não por que ele quer, mas por que a expressividade do entrevistado provoca uma interação positiva e quem ganha com isso é o espectador, o ouvinte e o leitor.
A entrevista precisa, urgentemente, voltar a ser um diálogo possível no jornalismo brasileiro. A inteligência agradece.