Ontem, segunda-feira, ainda dentro do período dos primeiros sintomas que senti, consegui fazer o teste para Covid-19 em uma farmácia local. Resultado, felizmente, negativo. No local, porém, havia sete pessoas à espera, e eu entre elas. Dessas sete, quatro testaram positivo, sendo que o farmacêutico pediu para que o laudo, assinado por ele, fosse levado até a Humanitária para registro oficial.
Aí eu pergunto: quantas dessas pessoas que positivam para Covid fazem a notificação elas próprias? Quem precisa do laudo e de um atestado obrigatoriamente tem que notificar os órgãos de controle sanitário. E quem não precisa? Nesse sentido a gente se pergunta se não seria o local que faz o teste quem deveria notificar as autoridade sanitárias por isso? Mesmo por que tudo está ao alcance de um clique de computador e a ficha do paciente está lá.
Então vem outra conclusão, que é o da sub-notificação. Talvez por isso – e se for há razão científica e lógica – que a Anvisa tem relutado em aprovar o auto-teste. Aquele que a gente compra e faz em casa. Quantos positivados teriam a humildade de se dirigir às autoridades sanitárias com seu teste positivado? Tudo é, de fato, uma questão de cultura e consciência coletiva.