19/11/2021
A vida é muito dinâmica e do ponto de vista jornalístico, fatos e análises devem ser apresentados dentro deste ciclo. Portanto, sou forçado a retomar um assunto pelo fato de presenciar situações inquietantes. Tradicionalmente não costumo acompanhar grandes eventos por uma série de questões, entre as quais um certo desânimo que teima em aumentar quando as noites começam. Porém, ocasiões especiais merecem a superação deste sintoma, como aconteceu durante esta semana. Na primeira, um agradável reencontro com esportistas de nossa cidade, que participavam de um aniversário. Uma partida de futebol antecedeu a festividade e, ao chegar, quase na hora do bolo, a confraternização acontecia em clima de total descontração. Permaneci por mais de uma hora entre amigos, acompanhando pronunciamentos e muitos cumprimentos, sempre acompanhados de calorosos abraços. Vamos ao segundo evento. Tratava-se de uma solenidade que, no primeiro momento, reuniu dezenas de pessoas em um auditório para exibição de um filme, que substituiu a entrega de premiações presenciais. Depois disso, todos se dirigiram para uma confraternização regada à drinques e canapés. Na mesma noite, o terceiro encontro: a inauguração de uma loja de roupas na região central da cidade. A festa brindava o esforço de seus empreendedores por apresentarem um novo conceito de atendimento e foi muito concorrida. O clima era de intensa alegria muita descontração. Dá para imaginar o que desejo tratar, não é mesmo? Durante o último Debate Farol discutimos se a utilização das máscaras deveria ser opcional ou obrigatória e a realidade aponta para uma direção: a vacinação “empoderou” a população. Dos três eventos citados, apenas na entrada da solenidade de premiação percebia-se a utilização da proteção facial. No decorrer dela e especialmente durante o coquetel festivo, o item foi direto para os bolsos. Quanto aos demais eventos citados, quem utilizasse máscaras estaria deslocado, e assim todos os rostos estavam descobertos. E os braços, abertos! Essa é a situação, que reflete o nível de proteção vacinal imposto à consciência popular. Mau sinal? É difícil imaginar, mas saberemos mais adiante, na esperança de que o Brasil, desta vez, não repita a Europa como se tornou frequente nesta pandemia.